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Futebol e lágrimas

Nessa semana, o cenário político municipal que vinha sendo o assunto em pauta nas rodas de conversas, cedeu espaço para outro assunto.

Nessa semana, o cenário político municipal que vinha sendo o assunto em pauta nas rodas de conversas, cedeu espaço para outro assunto. O nosso ilustre Canoinhas Atlético Clube foi literalmente a bola da vez. E como em tudo a malfadada política deixa suas marcas, nesse caso não foi diferente. Deixou de ser assunto principal, para rondar os bastidores do esporte. O pedido de demissão de dois membros da diretoria do CAC caiu como um raio na cabeça do presidente do clube. Um aficcionado por futebol, que parece presidir o CAC mais com o coração do que com a razão. Coisa de apaixonado por um ideal. No caso, tornar o CAC um dos grandes do futebol estadual. O mais impressionante é que os dois saíram da diretoria puramente por pressão. Pelo menos o vice-presidente Angelo Schulka deixou isso bem claro. Ou seja, seu trabalho e o dos demais componentes da diretoria não influenciou em praticamente nada. O que realmente o motivou a renunciar ao cargo, foram pressões externas.

O problema é que, como já disse, a política é indissociável de qualquer ato público que se ensaie no município. Em ano eleitoral, quem não quer meter o bico no time de futebol oficial da cidade? Se estiver almejando um cargo público, a idéia é primorosa.

E assim, começa o martírio do CAC nas unhas de quem conhece o potencial eleitoral de um time que caiu nas graças do povo.

Quem vai ser o candidato que levantará suspeitas quanto a irregularidades na contabilidade do time? Já estão aparecendo. E não é um só.

Quem serão os populares que tomarão as dores dos candidatos e espalharão na imprensa as suspeitas. Para isso, convenhamos, não faltam pessoas.

Acho que a conclusão dos bate-bocas da semana, em relação ao CAC, vão além das questões financeiras que cercam o time. Se houve, existe ou existirão irregularidades no time, não se tem nada provado. Absolutamente ninguém pode afirmar nada, até porque isso é crime, o que se nota, por trás disso tudo, é uma intenção latente em transformar tudo em política. Estava tão bom do jeito que estava. Sem uso do time para intrigas e questões particulares. Talvez seja hora dos torcedores do CAC, que tanto gostaram do retorno do time, se manifestarem. Fazerem valer a idéia de que o ideal do CAC é superior a qualquer picuinha política ou pessoal. Somente dessa forma, conseguiremos manter o time e avançar na pontuação. Do contrário, em muito pouco tempo teremos um time falido e um político sorrindo. Lembram daquela frase famosa ?tua ruína será minha glória?. Parece hollywoodiano, mas pode acontecer em Canoinhas.  
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